sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Ai Se Sêsse

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse a porta
do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tavés que nois dois ficasse
Tavés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse

Poeta Zé da Luz

ninguém.

Deixou a luz da cozinha acesa.queimou o feijão.passou o creme de cabelo no vidro da mesa.me deu 100 em vez de 10.derramou café no sofá.misturou sal com açúcar.quebrou o rádio.rasgou a blusa.vendeu o livro em vez do carvão.me entregou o CD errado.tropeçou na caixa de sapatos.pedi o preto e me trouxe o dourado.

E que ninguém se atreva a dizer que existe razão.

ainda.

Já não dá mais para...

Para tudo!

Tudo claro.

Claro que...

Quero tudo!

Tudo errado.

E as mãos ainda teimam em acompanhar aqueles braços cruzados.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

ô.

acabô a farinha
o bolo acabô desandando
desandô o dia
o dia acabô calando
calô o vento

que calô!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

O Teatro Mágico












Como arroz e feijão,
é feita de grão em grão
Nossa felicidade
Como arroz e feijão
A perfeita combinação
Soma de duas metades

Como feijão e arroz
que só se encontram depois de abandonar a embalagem
Mas como entender que os dois
Por serem feijão e arroz
Se encontram só de passagem

Me jogo da panela
Pra nela eu me perder
Me sirvo a vontade... que vontade de te ver

O dia do prato chegou é quando eu encontro você
Nem me lembro o que foi diferente!
Mas assim como veio acabou e quando eu penso em você
Choro café e você chora leite

Choro café e você chora leite...