Querido estranho.
Cá estou em plena aula de Processo Penal, e em meio a flagrantes, prisões, homicídios e mais, lembrei-me de você. Não que essas coisas me façam lembrar de ti, de forma alguma.. a questão é que quando estou sem pensar em nada, isso acaba acontecendo. Até parece não fazer sentido. E de fato não faz.
Lembra da vez que nos encontramos na praça.. você ali no canto, sentado no chão, com uma bermuda marrom, aquela camisa do Chico Science fubazenta, e o velho e inseparável boné vermelho? Sem contar que estava usando o cordão de continhas que te dei de desaniversário.. Acho que fiquei uns 10 minutos te observando e escutando você tentar tocar a nossa musica.. uma cena digna de novela das oito.
É tão estranho esse monólogo...
Enfim..
Hoje, quando voltava da faculdade, passei em frente à biblioteca pública e resolvi entrar.. lá, como você diz, “futuquei” a parte mais silenciosa. E você não acredita o que encontrei: uma seção só de cordel!!! Haa, fiquei maravilhada.. e quando isso acontece você sabe, né? Perco a noção do tempo e do espaço, e perdi também aquela consulta na hematologista de que te falei.. mas isso eu depois resolvo, afinal, é sempre a mesma coisa.. Simmm, voltando ao cordel, eu separei um que achei a tua cara.. enquanto lia, só conseguia te imaginar tentando musicá-lo!
Falando nisso..Acho que a boba vai ficando por aqui.. a aula está prestes a acabar..
Infelizmente, só não acaba essa minha imaginação... louca ... desmedida... que te criou!
Tchau!