quarta-feira, maio 30, 2007

era.

era uma noite daquelas em que se come 1 litro de gelatina sem sentir (o gosto ou gastura). o desespero de não saber se o ócio é um sonho ou um pesadelo. a aflição de dormir mais uma noite sem ver exclamações! era a noite em que eles se conheceram, sem saber que já se conheciam. sem saber que já tinham vivido uma linda história de amor. sem saber que sonhariam uma verdadeira paixão.

Os nomes atravessaram décadas. balas. histórias. atravessaram os seus destinos. e os destinaram a tentar. daquele jeito só deles. um tanto acanhado. no escuro. distante. livre.leve. solto. como dizia a canção. como são. como eram...

era uma vez...

Moi.Toi.

T'es le plaisir je suis la foudre.
Tu es la tristesse moi le poète.
Tu es la Belle et moi la Bête.
Toi le très peu moi le beaucoup...

sexta-feira, maio 25, 2007

Sonhos.

Sem pensar, ou até por pensar demais, meu corpo respondendo ao vento, me levou mais uma vez pelo mesmo caminho; meu único caminho: A Parada de Ônibus.

No primeiro quarteirão, quase fui levada por um carro. Cumprido, preto, e de vidro fumê. O tal parou abruptamente cortando a rua, e assim me vi encurralada por 4 homens elegantemente vestidos (também) de preto, portando cada, um fuzil. Isso mesmo... Gangsters! E a única coisa que me restava fazer era gritar. Talvez eu fosse salva por um lindo homem que me vigiava silenciosamente. Ou talvez acabasse numa rua sem saída. E sem vida. Mas a única coisa que aconteceu em decorrência do grito, foi eu perceber que já estava no fim do quarteirão.

Ainda atordoada, atravessei a rua correndo, como para evitar algum desastre. Mas não consegui! Caaalma.. não é nada disso. Não foi uma carreta que me atropelou, foi uma criança, que também vinha correndo para evitar algum desastre. Mas ela conseguiu!

E, realizada, como quem acorda depois de uma noite inteira de sono, cheguei ao terceiro quarteirão. Parecia tãããããão cumprido, mas no começo da penúltima etapa, me deparei com uma agência de turismo. As portas eram de vidro, mas um vidro escuro onde eu pude me ver vestida com um longo casaco creme, luvas, boina, cachecol e toda coberta de flocos de neve. Mas aí algum inconveniente buzinou tão alto que minha neve derreteu. Ao menos serviu para eu perceber o sinal aberto! (Esse desastre eu consegui evitar...)

Fechou!

E com ele o meu último quarteirão. Aquele que guardava uma das únicas razões da minha pseudo-felicidade: A Padaria!

Mas não vá pensando que é qualquer padaria, é A Padaria! Entendeu? Pois bem..

E para fechar o dia, o meu dia, mais um dia, fui direto aos quindins. Só eles me interessavam, pois além de pequenos, práticos e deliciosos, eram amarelos. E eu A-D-O-R-O amarelo!

No meio do caminho, entre meus quindins e Eu, uma moça toda de branco, passa com uma bandeja cheia de sonhos. Na verdade nunca me interessaram, pois eram sempre muito beges e melados. Sem contar que ainda banhavam os coitados de açúcar como para disfarçar sua palidez.

Neste dia, só uma coisinha estava diferente: a presença da minha TPM. E você sabe como eu fico, né? Sensííííível que dá pena. Só que quem teve pena fui eu: dos sonhos. Ninguém os escolhia para não correr o risco de se melar. Eles tinham recheio demais, tanto que para morder tem que ter toda uma cautela. Uma mordidinha errada, e lá se vai todo o recheio em direção à sua roupa limpinha (ou não!).

E nesse contexto começou minha sina (a única em 2 meses!): qual escolher?

Um dos grandões entupidos de recheio? Ou um dos médios entupidos de açúcar? Vale deixar bem claro que eu odeio ter escolhas, porque ou eu escolho o errado, ou não escolho nada. (ainda não consegui me acostumar com isso..).

Então, já desistindo de ajudá-los, encontrei um lá no cantinho direito, bem pequeno. E por incrível que pareça, ele conseguia ser mais sem graça que o normal. Perfeito! Se eu não gostasse, não jogaria tanto fora. Se eu me melasse, seria pouco. Se eu enjoasse, seria pouco! E talvez nem desse tempo de gostar (e nem queria, pois isso seria uma verdadeira traição aos meus quindins e a minha rotina!)

sábado, maio 12, 2007

apenas.

Eu tenho apenas esse bilhete para (me) deixar. (te) abraçar.beijar.recordar.e me arrepender.. E você tem uma vida inteira para não (me) entender.

espero.

Eu espero...

Eu espero que...

Eu espero que você...

Eu espero que você saiba...

Eu espero que você saiba o porquê.

Eu espero que você saiba.

Eu espero que você.

Eu espero que.

Eu espero.

Você!