segunda-feira, março 10, 2008

nunca.

as semanas nunca foram tão longas. nem os dias tão lentos. sem contar nas horas tão sonhadas. nos minutos tão imaginados. no desejo tão aguçado.

hoje. com os olhos fechados. meu sorriso acompanha o teu.. e meu anseio. de ser real. traz consigo o amanhã..tão longo.tão lento.tão sonhado...
..tão você.

enquanto.

Meus olhos insistentemente suspiram enquanto sonho...

..é tão mais fácil não evitar!

terça-feira, março 04, 2008

as notas.

sentado na areia a madrugada inteira.olhando pra lua, cantando o mar.te vi tão claro naquela noite escura.com as notas todas pairando no ar..
..ordenando baixinho os sentidos dispersos.me pego calada banhada de ar.adoçando por dentro o salgado da vida.amando sentada a voz. Teu cantar!

domingo, março 02, 2008

sonhos e tintas

Tudo começou com nossos sonhos e minha tinta. meu dedo trêmulo foi desenhando teus traços. preenchendo espaços. imaginando abraços. despertei! assim.cautelosamente (ou na mera tentativa de ser) disfarcei o riso. engoli o grito. digeri o sentido. e nessa hora. não resisti. Te sorri (pra mim!).

É..não tinha pra onde correr. estendi nossa mão! Os dedos deslizaram. se completaram. se firmaram..com uma suavidade quase disfarçada. com uma vontade subtendida. como uma verdade presumida.

...caminhamos por todo dia. por todas aquelas vidas. vividas. e a nossa.. a nossa por viver!

é.

- É isso que você quer?
- Faz sentido pra ti?
- Não!
- Então, É!

engolir um pouquinho de saúde.

Somavam uns setenta e poucos pedidos... mas em troca dos tais, a cada vela, um pouquinho de sua vida ia sendo levada por Ele.Seus passos que corriam de amor hoje medem centrimetros. seus olhos que tanto olharam para céu, hoje olham para o chão, a procura do equilibrio perdido. suas pernas que aguentaram por nove meses o peso de uma felicidade hoje pedem desculpas por não mais aguentarem o peso da vida. seus braços que tantos pratos lavaram, hoje clamam por um copo de água para engolir um pouquinho de saúde.No fim da tarde, agradece, conversa e sonha acordada.

Enfim, um monólogo interrompido por minha curiosidade a deixa com os olhos de uma menina de nove anos que aprendeu a ler e escrever. e sorrir. e me faz chorar.