quinta-feira, outubro 19, 2006

Com(trag)édia.




COLOMBINA : Não! Não me compreendeis... Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor de todos dois... Hesitante, entre vós, o coração balanço:
A Arlequim: O teu beijo é tão quente...
A Pierrot: O teu sonho é tão manso...

Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma! Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho, pois um dá-me o prazer, o outro dá-me o sonho! Nessa duplicidade o amor todo se encerra: um me fala do céu... outro fala da terra! Eu amo, porque amar é variar, e em verdade toda a razão do amor está na variedade... Penso que morreria o desejo da gente, se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente, porque a história do amor pode escrever-se assim:

PIERROT: Um sonho de Pierrot...

ARLEQUIM: E um beijo de Arlequim!

3 comentários:

Thyago C. Correia disse...

Pierret, Colombina, Arleiquina...

Anônimo disse...

"vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval".

Anônimo disse...

eeei, agora que eu percebi o porquê de você ter postado isso.

UHAHUAHUHUAHUAHUAHUAUHUHAUHA
AUHUHAUHAUHAUHAUHHUAUHAUHAUH